Tendências do agro em 2019
Publicado em: 02/01/2019

A área plantada de soja vai aumentar na safra que começa a ser plantada mês que vem? E o milho, vai dar conta da demanda internacional? Analistas da Conab estudaram as tendências das principais culturas do agro brasileiro para a próxima safra e respondem as perguntas. Confira abaixo:

SOJA

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apontam que a safra mundial de soja em grãos deve ser a maior da história: 367 milhões de toneladas. E o Brasil se aproxima da liderança. Do total de produção, o Brasil planta 120 milhões de toneladas, atrás apenas dos Estados Unidos, com 124 milhões. O grão deve continuar sendo o de maior rentabilidade e liquidez do mercado. Para 2019, espera-se que os agricultores brasileiros aumentem a área de soja nos principais estados produtores.

O Brasil ainda é o maior exportador de soja do mundo, com 75 milhões de toneladas em grãos exportados. Aliás, houve um aumento de 0,47%, em relação às exportações da safra 17/18 estimada em 74,65 milhões de toneladas. Nesta safra futura, calcula-se que o Brasil esmague 42,70 milhões de toneladas de soja em grãos, o que significa uma redução de 0,70% em relação à última safra.

MILHO

Entretanto, para 2019, o milho pode enfrentar um mercado acirrado. O USDA apresentou um relatório com uma queda significativa no estoque mundial do milho, que saiu de 227,7 milhões de toneladas, na safra 16/17, para 151,9 milhões, em 2018/19. Sobretudo, a queda é consequência do aumento do consumo mundial e uma produção que não acompanha a demanda. Assim sendo, a relação estoque/consumo era de 22,0% e agora chegou a 14,0%. Surpreendentemente, a projeção de produção para o Brasil chega a um valor de 96,0 milhões de toneladas na safra 18/19. Isto é, um incremento de 16,81%, se comparado à safra anterior e um pouco abaixo da safra 2016/17 (1,88%).

Mas, para atingir o volume de produção mencionado pelo USDA, o país terá que aumentar a área plantada da 1ª safra de 5,07 milhões para 300 mil de hectares, e com uma produtividade média de 5,35 ton/ha. Mesmo assim, o produtor tenderá a encontrar um cenário mais confortável, tanto no abastecimento do milho no mercado quanto nos preços domésticos. O tabelamento dos fretes deve afetar diretamente os preços internos. Se os fretes estiverem muito altos, como em julho de 2018 (quando os preços tabelados estavam 30% maiores que no mesmo período de 2017), os agricultores poderão diminuir sua comercialização, afetando mais ainda o consumo interno.


FONTES: CBC Agronegócios / aiba.org.br



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