Projeto de agricultura sustentável no Cerrado beneficiará 4 mil produtores
Publicado em: 07/03/2019
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) realizou, nessa segunda-feira
(25), reunião com as entidades parceiras do Projeto FIP Paisagem para definir
os detalhes do começo das ações junto aos produtores rurais e o lançamento
da iniciativa, que deve ocorrer nos próximos dias. O Senar será responsável
por levar Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para 4 mil produtores
rurais do bioma Cerrado, a fim de estimular práticas agrícolas sustentáveis
de baixa emissão de carbono e fortalecer a adoção de técnicas de conservação
e recuperação ambiental.
O projeto conta com recursos de US$ 21 milhões do Programa de Investimento
Florestal (FIP, sigla em inglês) e é coordenado por entidades como o Ministério
da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial, Serviço Florestal
Brasileiro (SFB), Embrapa Cerrados e a agência de cooperação técnica alemã
GIZ.
“O projeto tem um componente muito forte de produção e aumento de renda
do produtor com assistência técnica. Mas também tem um componente ambiental,
de recuperação de eventual passivo ou de adequação a legislação. É um projeto
muito estratégico e importante para o produtor rural brasileiro”, afirmou
o diretor de ATeG do Senar, Matheus Ferreira.
“Vamos fazer com que projetos de florestas plantadas e florestas nativas
avancem e administrar essa riqueza que o Brasil tem para que, harmonicamente,
possamos fazer o desenvolvimento sustentável”, disse o diretor-geral do
SFB, Valdir Colatto.
Cerrado
Inicialmente, o FIP Paisagem selecionou 53 microbacias que cobrem uma
área de 12,5 milhões de hectares distribuídos em nove estados do bioma
Cerrado: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Piauí, São Paulo e Tocantins. A ideia é ampliar o projeto futuramente.
“A expectativa é criar conhecimento e experiência e poder reproduzir essa
iniciativa para outros parceiros e áreas. Queremos tornar isso, realmente,
uma escala nacional, mas principalmente no bioma Cerrado, onde está o grande
centro de produção econômica do Brasil e de uma riqueza ambiental inestimável”,
analisou a especialista ambiental do Banco Mundial, Bernadete Lange.
Para o diretor da GIZ, Anselm Duchrow, a agricultura e o meio ambiente
são “agendas” que se complementam. Ele destaca que a principal novidade
do FIP Paisagem são os exemplos institucionais de como os agentes da agricultura
e da assistência técnica podem trabalhar juntos com os responsáveis pelo
meio ambiente.
“Podemos passar do Cerrado e fazer esse mesmo exercício em outros biomas
também, levando para o Brasil todo depois”, declarou.