Produção de grãos e fibra é a maior dos últimos anos na Bahia
Publicado em: 02/10/2017
Depois de alguns anos de resultados pouco expressivos, por conta da estiagem
que assolou a região, os agricultores do oeste da Bahia comemoram o aumento
da produção na safra 2016-17, com produtividade recorde do algodão e aumento
da produtividade da soja e do milho. É o que apontou o último levantamento
realizado nesta sexta-feira (29), pelo Conselho Técnico da Associação de
Agricultores e Irrigantes da Bahia.
O destaque desta safra fica por conta do algodão, que surpreendeu e atingiu
a marca de 310 arrobas/ha, superando o recorde registrado em 2010. Otimistas,
os produtores da fibra devem aumentar em 70 mil hectares a área plantada
para a safra 2017-18, revelando um crescimento de 35% em comparação a safra
que finalizou.
Já a soja, mesmo com a produtividade não alcançando as 56 sacas previstas,
ainda assim chegou perto, com 54 sacas da oleaginosa por hectare, um aumento
de 55% em relação à safra anterior. Além disso, a produção do grão também
foi maior que a do ano passado, chegando a mais de 5 milhões de toneladas
na região. Para a próxima safra, deverá acontecer um incremento de área
de 1,3%, sendo que parte desse crescimento será sobre as áreas de milho
da região.
No caso do milho, a colheita foi finalizada em 130 sacas por hectares,
um aumento significativo para a cultura em relação à safra passada, de
115 sacas por hectares. Mesmo assim, a área plantada no oeste da Bahia
deverá ter uma retração, chegando a 22% a menos que no ano anterior.
O engenheiro agrônomo e assessor de Agronegócios da Aiba, Luiz Stahlke,
prevê que a safra 2017-18 deve ser ainda melhor no oeste baiano. “As previsões
são de clima favorável para a agricultura para o fim deste ano e começo
do próximo, o que contribuiu para uma boa safra na região. Os agricultores
estão otimistas e devemos ter uma produção ainda melhor que esta para 2018”,
ressalta Stahlke.
O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações
de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos
governamentais. As previsões são feitas sempre considerando fatores como
perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle
fitossanitário.