Entidades do agronegócio defendem continuidade das obras da Fiol
Publicado em: 29/09/2017
Destaque nacional na produção de grãos e fibra, o oeste da Bahia enfrenta
sérios problemas de escoamento dos produtos agrícolas. Isso porque a logística,
que é feita em sua totalidade pelas rodovias, representa um dos maiores
custos para produtor rural (cerca de 30%), o que acaba encarecendo o valor
final do produto. Toda produção regional percorre milhares de quilômetros
de estradas até chegar aos portos de Salvador e de Santos, para então ser
exportada.
O “destravamento” das obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol),
que ligará o Tocantins ao Porto Sul, em Ilhéus, é a solução para este problema.
O modal é o mais rápido, ágil, seguro e, por gerar mais competitividade,
pode baratear custos, por isso é defendido pela Associação de Agricultores
e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão
(Abapa). Em reunião na Casa Civil, nesta quinta-feira (28), os dirigentes
das duas entidades apoiaram a retomada da obra.
A Aiba se comprometeu em ajudar o governo do Estado, fornecendo dados
importantes sobre a região oeste, a fim de dar continuidade aos estudos
para andamento da Fiol. “Nos colocamos à disposição para o que for preciso
no sentido de contribuir para que esta importante obra seja concluída o
quanto antes. A ferrovia será muito importante não só para o agronegócio,
mas também para o futuro econômico e social da nossa região”, pontuou o
vice-presidente da Aiba, David Schmidt.
Segundo ele, a Associação vai elaborar um relatório contendo todos os
dados relevantes e o encaminhará à Casa Civil para que os estudos não sejam
interrompidos. “Acho que essas informações vão dar celeridade ao processo.
É muito importante essa cooperação entre o governo e as associações, para
alavancar o crescimento regional e desonerar um dos setores que mais contribui
para o desenvolvimento e gera emprego e renda, que é o agronegócio. Precisamos
reduzir o nosso custo com transporte e logística, e uma obra dessa magnitude
resolveria esta questão”, disse o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato.
Ainda durante a reunião, o coordenador de Acompanhamento de Políticas de Infraestrutura da Casa Civil, José Carlos Valle, informou sobre o protocolo de intenção de investimento assinado pelos chineses durante a última visita do governador àquele país.
Além da Aiba e Abapa, outras entidades ligadas ao agronegócio e mineradoras também participaram do encontro e manifestaram apoio à continuidade das obras da Fiol.