Dia de campo mostra resultados alcançados no sudoeste da Bahia com o uso
de kits de irrigação doados pela Abapa
Publicado em: 26/09/2018
O projeto piloto que prevê o incentivo do plantio e desenvolvimento do
algodão baiano por meio da transferência de tecnologia aos produtores do
sudoeste da Bahia prova que está no caminho certo e com resultados concretos.
Um dia de campo realizado na Fazenda Cumbica, do agricultor Manoel Rubens,
município de Palmas do Monte Alto (BA), serviu para demonstrar aos participantes
que por meio de inovações tecnológicas é possível cultivar algodão irrigado
como uma solução para a agricultura familiar no semiárido. O projeto é
da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e conta com investimentos
de R$ 328,2 mil, com recursos do Fundo do Desenvolvimento do Agronegócio
(Fundeagro).
O Sudoeste possui vocação histórica no cultivo do algodão, porém, foi
prejudicado nas últimas décadas por veranicos intensos e prolongados, e
pelo bicudo do algodoeiro, que destruiu lavouras. Após a transferência
de tecnologia e os kits de irrigação oferecidos pela Abapa, a realidade
começa a mudar. “Os resultados estão aí, aumento de produtividade e rotação
de cultura em áreas até então improdutivas, com a irrigação e a tecnologia
que oferecemos, estes produtores começam a ter uma melhor qualidade de
vida”, destaca o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato.
Durante o dia de campo, agentes financeiros como Banco do Brasil, Banco
do Nordeste e Caixa Econômica Federal foram convidados a participar e conhecer
de perto os resultados alcançados pelos produtores com a utilização dos
kits que, em alguns casos, chegaram a 400 arrobas por hectare, enquanto
as médias do sequeiro estão entre 50 a 60 arrobas, devido à irregularidade
das chuvas. O objetivo, ao chamar as instituições financeiras, é que estas,
passem a oferecer linhas de crédito ao agricultor familiar para a aquisição
de novos kits, e consequentemente, haja o fortalecimento agrícola do sudoeste
baiano.
“Temos agricultores que iniciaram a irrigação com um kit doado pela Abapa,
após a primeira colheita, graças aos bons resultados alcançados investiram
e hoje já contam com cinco equipamentos, aumentaram suas áreas produtivas
e além do algodão, fazem a rotação de culturas com milho, melancia, feijão
e abóbora. Esse é um ganho considerável porque além do lucro em si, o projeto
possibilita com que as famílias permaneçam no campo”, destaca o coordenador
do Programa Fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos de Araújo.
A iniciativa em realizar o evento partiu do proprietário da Fazenda, o
agricultor Manoel Rubens, um grande incentivador para que outros produtores
adotem os kits de irrigação no cultivo do algodão. “Fiz questão de mostrar
essa área experimental que plantamos para que o pequeno produtor entenda
que existem alternativas para se produzir não apenas no sequeiro. Vamos
colocar nossa secretaria de agricultura acompanhar os produtores da região
e buscar, junto ao Governo do Estado, apoio financeiro para que estes agricultores
adquiriam seus kits e produzam com segurança e sustentabilidade”, diz Manoel
Rubens que também é prefeito de Palmas do Monte Alto.
FONTES: Assessoria de Imprensa Abapa /
aiba.org.br