Com cerca de 70% da colheita do algodão finalizado, em meados de agosto,
os produtores de algodão da Bahia estão bastante satisfeitos com os resultados
em produtividade e qualidade da fibra. De acordo com a Abapa, o estado
deve colher nesta safra mais de 1,2 milhão de toneladas de algodão (caroço
e pluma), 300 mil a mais que na última safra. Nesta safra, os produtores
plantaram em uma área total de 263.692 mil hectares plantados em toda a
Bahia. O que representou um incremento de área de 30,77% em relação à safra
passada. A região oeste planta 96% da produção de algodão da Bahia, que
é o segundo maior produtor da fibra no Brasil, atrás somente do Mato Grosso.
A colheita na Bahia deve acontecer até o prazo limite do dia 20 de setembro,
quando tem início o período do vazio sanitário do algodão, e os cotonicultores
já devem ter eliminados todos os restos culturais do campo para evitar
a proliferação do bicudo do algodoeiro.
Por causa das chuvas regulares e do trabalho consistente desenvolvido
em campo no combate a pragas, por meio do programa fitossanitário da Abapa,
a produtividade média das lavouras é considerada recorde pela segunda safra
consecutiva, acima das 320 arrobas/hectare. O presidente da entidade, Júlio
Busato, conta que há dois anos vem acontecendo esse encontro entre grande
produção e bom preço, o que ajuda os agricultores a recuperarem os prejuízos
dos anos de estiagem. “Felizmente, pelo segundo ano consecutivo, há o encontro
entre produção e do preço, e a oportunidade de reduzirmos nosso endividamento,
voltando a crescer, trazendo de volta para a região os empregos e a renda
momentaneamente perdidos”, afirma.
Com a previsão da regularidade do ciclo de chuvas e da cotação do mercado,
a próxima safra de algodão já prevê um crescimento de área, saindo dos
263 para 313 mil hectares, em um incremento de 20%. A expectativa, segundo
Busato, é que gradualmente no prazo das três próximas safras, a região
possa retornar à capacidade instalada para a produção da fibra, que era
de 400 mil hectares, antes da crise de chuvas e de pragas que reduziram
a produtividade gerando uma descapitalização e o aumento no endividamento
dos produtores. A atual safra de algodão da Bahia deve abastecer principalmente
a indústria têxtil brasileira, sendo o restante dela, cerca de 40%, destinada
para o mercado externo para os países asiáticos.
FONTES: Assessoria de Imprensa Abapa /
aiba.org.br