Campanha de descarte de resíduos perigosos chega ao campo e tem adesão
maciça dos agricultores baianos
Publicado em: 12/04/2019
Atento aos cuidados com o meio ambiente, produtores rurais do Oeste da
Bahia aderiram a mais um projeto que evita a contaminação do solo e da
água. A categoria está apoiando a campanha de incentivo ao descarte correto
de resíduos sólidos, sobretudo os que contêm material radioativo. A iniciativa,
fruto de uma parceria entre a Aiba, Abapa e a Retec, coleta e dá o destino
correto para pilhas e baterias – classificadas como resíduos nocivos à
natureza.
Vários postos de coleta foram instalados nos municípios de Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães. Além das entidades do agronegócio, universidades
e órgãos públicos também aderiram à causa. Na zona rural, algumas fazendas
já dispõem de recipientes coletores. Assim, todo material coletado é entregue
à empresa responsável, que incinera os resíduos, conforme determina a legislação.
A diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves, destaca que nos
empreendimentos rurais a adoção do Programa de Gerenciamento dos Resíduos
Sólidos (PGRS) é obrigatória. Segundo ela, há tempos os produtores já fazem
o descarte correto das embalagens de agroquímicos nas Centrais Campo Limpo
existes na região. Agora, o mesmo vai ocorrer com outros tipos de resíduos,
que por apresentarem características específicas devem ser entregues a
instituições licenciadas para o transporte e descarte final.
“O intuito da ação é promover o manejo adequado destes materiais, instituído
pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305/2010) e Norma
técnica específica (ABNT NBR 10004). Contudo, nesta primeira etapa, será
fomentado a gestão adequada dos resíduos perigosos (Classe 1), os quais
apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento
e disposição especiais em função das características apresentadas”, explicou.
De acordo com o analista ambiental da Aiba, Eneas Porto, um dos maiores
objetivos é provocar na população a conscientização em relação aos bons
hábitos ambientais, que começam dentro do próprio lar, com a iniciativa
de separar o lixo orgânico de materiais recicláveis, por exemplo. “Hoje
há uma cobrança grande para o campo referente à destinação correta dos
resíduos perigosos, enquanto que no meio urbano essa discussão passa, muitas
vezes, despercebida”, conclui.
A campanha, no entanto, abrange as zonas urbana e rural. Os moradores
das cidades (Barreiras e Luís Eduardo) também podem desenvolver a consciência
ambiental e passar a destinar corretamente as pilhas e baterias já esgotadas.
Para ampliar o alcance do projeto, os idealizadores espalharam postos de
coleta. Conheçam os locais onde o material que não é mais útil pode ser
recolhido.
Em Barreiras:
a) Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba)/ Associação
Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa);
b) Universidade do Estado da Bahia (Uneb)
c) Faculdade São Francisco de Barreiras (Fasb)
d) Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob)
e) Cetep;
f) Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras
g) Unidom;
h) Inema;
i) Ibama;
j) Secretaria de Meio Ambiente e Turismo;
k) Secretaria da Fazenda
l) Receita Federal
Em Luís Eduardo Magalhães:
a) Parque Vida Cerrado;
b) Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa)
c) Fundação Bahia