Bom desempenho do setor agropecuário no segundo trimestre eleva PIB baiano
Publicado em: 05/09/2017
Divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
(SEI), o Produto Interno Bruto (PIB) baiano cresceu 1,9%, na comparação
com o primeiro trimestre de 2017, indicando retomada na dinâmica da atividade
econômica do estado. No entanto, esta retomada de dinâmica está basicamente
associada ao bom desempenho do setor agropecuário, o qual tem demonstrado
indicadores de recuperação em relação ao ano anterior. Já na comparação
com o segundo trimestre de 2016, o indicador apontou crescimento de 2,4%.
No que se refere ao Brasil, os dados indicaram que houve expansão de 0,2%
na comparação com o primeiro trimestre de 2017 e de 0,3% na comparação
com o segundo trimestre de 2016.
O desempenho do PIB baiano no segundo trimestre de 2017 foi influenciado
particularmente pelos bons números do setor agropecuário. De acordo com
os cálculos realizados, a agropecuária baiana registrou expansão de 33,0%
no valor adicionado no segundo trimestre de 2017. Essa expansão é resultado
do bom desempenho em culturas tradicionais e que tem grande peso na atividade
econômica baiana no período, a exemplo do café, a qual aponta expansão
de 50% na produção, assim como nas culturas de soja (60%), feijão (66%)
e algodão (2%). Por outro lado, a cultura de cacau aponta para retração
de 10% no segundo trimestre de 2017.
Ao contrário do setor agropecuário, o industrial continua refletindo os
efeitos do baixo dinamismo da economia brasileira, com retração em todas
as atividades. No segundo trimestre, este setor apontou retração de -6,7%,
com destaque para o recuo de -12,8% no setor de extração mineral, particularmente
pela redução da produção – por parte da Petrobras – de petróleo e gás;
a produção de energia elétrica também tem impactado negativamente sobre
o setor, onde se verificou retração de -6,3% nesse segmento, neste caso,
em decorrência dos problemas decorrentes do baixo nível do reservatório
de Sobradinho e, particularmente, pela queda no consumo de energia elétrica
e gás natural; a construção civil também registrou taxa negativa (-6,3%),
sendo afetada, sobretudo, pelo baixo nível na oferta de novos empreendimentos
imobiliários – há de se destacar que os investimentos públicos tem garantido
que o desempenho desse setor não seja ainda mais negativo; finalmente,
o segmento de transformação, o de maior peso dentro do setor, o qual também
apontou retração no segundo trimestre (-6,0%), sendo influenciado pela
queda na produção de importantes subsegmentos (bebidas, refino de petróleo,
produtos químicos, metalurgia e equipamentos de informática).
O setor de serviços, principal da economia baiana, registrou expansão
de 0,5% no segundo trimestre. Comércio (1,2%), atividades imobiliárias
(1,3%) e transportes (1,0%) foram os segmentos que mais impulsionaram positivamente
o setor. Já a administração pública (-0,2%) contribuiu de forma negativa
para o valor adicionado do setor.