Entidades do Agronegócio abraçam a Campanha de prevenção ao suicídio
Publicado em: 20/09/2019
Vamos falar de suicídio? Esse é o lema da campanha que visa quebrar o
tabu contra um dos assuntos mais difíceis de serem abordados pela mídia.
A ideia é trazer o tema para o centro do debate, a fim de conscientizar
as pessoas sobre os dados preocupantes. De acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking dos países com
maior número de suicídios. Estima-se que, por ano, cerca de 12 mil pessoas
tiram a própria vida, o equivalente a um caso a cada 45 minutos. Diante
desta triste estatística, este mês é dedicado à prevenção do suicídio,
simbolizada pela campanha “Setembro Amarelo”, cujo objetivo é esclarecer
e também combater as motivações das potenciais vítimas.
Sensibilizados com a causa, os produtores rurais do Oeste da Bahia, por
meio das associações de classe como Aiba e Abapa, vão apoiar, pela primeira
vez, a iniciativa. As entidades doarão camisas para que sejam vendidas
e o valor revertido para a implantação do Núcleo de Acolhimento e Valorização
da Vida, em Barreiras. A unidade prestará atendimentos psicológico e psiquiátrico
gratuitos aos pacientes, ajudando a reduzir drasticamente o número de tentativas
e até mesmo de suicídio concretizados.
“Fomos procurados pelos organizadores da campanha aqui em Barreiras e
não pensamos duas vezes antes de anunciar a nossa contribuição. Este é
o tipo de ação que não podemos ficar de fora, pois trata-se de apoio à
vida. Por isso, destinamos apoio irrestrito não só para a aquisição das
camisas, mas, sobretudo, ideológico”, defende o presidente da Aiba, Celestino
Zanella.
De acordo com o idealizador da campanha, o psiquiatra Francisco Honorato
Leite, a ação não é isolada e agrega outras atividades, a exemplo de capacitação
profissional e palestras motivacionais em escolas, empresas, órgãos públicos
e estabelecimentos parceiros.
“A escola é o grande pilar, onde começamos a saber lidar com o problema,
por isso é fundamental o apoio da Secretaria de Educação. Depois da escola,
é fundamental levar a discussão para outros centros. É preciso falar sobre
o assunto para que possamos ajudar a quem precisa”, pontuou, ressaltando
que que a unidade atenderá pacientes de Barreiras e de toda região Oeste.